quarta-feira, 7 de junho de 2017

Proposta III- Memória Descritiva

Uma infografia é neologismo derivado do termo norte-americano «infographics», contracção de «information» e «graphics», citando Paulo Heitlinger, em Caderno de Tipografia e Design, 2015, p.21, infografias: “são aquelas que permitem apresentar informação através de esquemas visuais. (…) É comum descrever uma peça de infografia como algo que «combina imagens, diagramas, ícones e textos para criar uma informação ampla e precisa, para o qual um discurso textual resultaria mais complexo e precisaria de mais espaço”.
Para a proposta 3, infografia, escolhemos como título “Festas populares na Europa”. O titulo indica os elementos que irão estar presentes na infografia, sendo assim optamos por torná-lo o mais breve possível, permitindo ao leitor perceber de forma clara o assunto que irá ser tratado e, desta forma, também selecionamos uma fonte apelativa, fazendo com o que o leitor direciona-se de imediato o seu olhar para o título. Esta fonte é a Bernard MT Condensed, uma vez que fontes condensadas são ideais para economizar o espaço, e ao mesmo tempo, transmitem o impacto pretendido. 
Considera-se festa popular uma manifestação popular, cuja intensidade ultrapasse os limites de uma atividade festiva individual, abrangendo a coletividade em festas realizadas em diversos países com manifestações diferentes. Optamos apenas falar da Europa, uma vez que a sua proximidade geográfica poderia despertar um maior interesse nas pessoas. A escolha do tema também se prende com o propósito de exaltar um pouco da cultura de cada país, sendo um tópico de interesse comum que também contribui para o despertar de curiosidade geral acerca de país, aumentando a visibilidade e o interesse pelas festas populares.
 O nosso principal propósito foi tornar os artigos/informações recolhidas o mais breve possível, de modo a incluirmos apenas as informações-chave, não maçando o leitor com informação secundária, de modo a que não perca o interesse pelo tema. Investimos na informação selecionada de modo a representar de forma apelativa as festividades que pretendemos expor, tendo em mente a ideia de Alberto Cairo, presente em The Functional Art, pag. 10, “In information graphics, what you show can be as important as what you hide.”  
Depois de a pesquisa ter sido feita partimos para a criação, cujos processos foram explicados anteriormente e, importa acrescentar que, para a elaboração da divisão rectangular entre países,  fomos de encontro à sugestão de Curtis Newbold, no artigo Iconography, presente em The Visual Communication Guy: Designing, Writing, and Communication Tips for the Soul : “Use lines, arrows, and other pathway-creating visual tools to guide a viewer’s eyes and mind in specific, important, and intentional directions”.  Relativamente à cor, optamos por utilizar tons pastel para não contrastarem muito uns com os outros, e também para não saturar o observador. No que toca ao ajuste da cor, tinhamos como objetivo criar uma associação entre o país em si e a área de informação referente ao mesmo. Esta forma de associação é de máxima importância no design gráfico, citando João Alexandre, em A importância da cor no design gráfico, em Teoria Geral 2012, www.logoslogotipos.com.pt./importanciacordesigngráifco.pt: “A cor é dependente e nunca funciona isoladamente, o observador reage à cor dentro de um contexto e em associações com outras cores e elementos gráficos.”
Posteriormente tivemos a ideia de representar cada festa popular com um elemento gráfico elucidativo das mesmas. De acordo com Abraham Moles, em DESIGN JOURNAL NO. 99 | SUMMER 2006 | WWW.SND.ORG, pag.30, as imagens numa tipografia devem ser o mais próximo possível de ícones, uma vez que representam melhor a realidade, citando o artigo: “Abraham Moles defined iconicity as the level of resemblance between a sign (a visual representation, in our business) and the object represented. The less iconicity, the more abstract a picture is. The more iconic is the picture, the more similar it is to the object represented.3”, foi esta ideia que pretendemos seguir ao procurar um símbolo para cada celebração popular.

No que toca à relação dos símbolos com a respetiva celebração popular, para o São João em Portugal, escolhemos um martelo de são joão, visto ser um objeto muito utilizado pelas pessoas durante este dia. Em Inglaterra, para o Trooping the Colour, optamos pela imagem de uma coroa, uma vez que esta celebração se relaciona com o aniversário oficial da rainha. Para a Fête du citron, em França, escolhemos um limão, uma vez que este citrino é a figura central de toda a celebração, pelos mesmos motivos para a La Tomatina, em Espanha, escolhemos o tomate. Em Irlanda, para o St. Patrick’s Day, selecionamos um trevo, uma vez que é um elemento muito utilizado nos desfiles de rua relacionados com esta festa popular. Para o Oktober Fest, sendo este um festival da cerveja na Alemanha, utilizamos precisamente um caneco de cerveja. Na Polónia, para o Ognisko, uma celebração no inverno que decorre à volta de fogueiras, optamos pela ilustração de uma fogueira. Para o Vappu, na Finlândia, escolhemos um chapéu de finalista, uma vez que esta festa popular gira à volta da chegada da primavera e de tradições estudantis, nas quais as pessoas saem à rua usando esses mesmos chapéus. Finalizando com o carnaval de Veneza, em Itália, utilizamos as máscaras icónicas deste carnaval. 

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