Uma infografia é neologismo derivado do termo norte-americano
«infographics», contracção de «information» e «graphics», citando Paulo
Heitlinger, em Caderno de Tipografia e Design, 2015, p.21, infografias: “são
aquelas que permitem apresentar informação através de esquemas visuais. (…) É
comum descrever uma peça de infografia como algo que «combina imagens,
diagramas, ícones e textos para criar uma informação ampla e precisa, para o
qual um discurso textual resultaria mais complexo e precisaria de mais espaço”.
Para a proposta 3, infografia, escolhemos como título “Festas populares
na Europa”. O titulo indica os elementos que irão estar presentes na infografia,
sendo assim optamos por torná-lo o mais breve possível, permitindo ao leitor perceber
de forma clara o assunto que irá ser tratado e, desta forma, também
selecionamos uma fonte apelativa, fazendo com o que o leitor direciona-se de
imediato o seu olhar para o título. Esta fonte é a Bernard MT Condensed, uma
vez que fontes condensadas são ideais para economizar o espaço, e ao mesmo
tempo, transmitem o impacto pretendido.
Considera-se festa popular uma manifestação popular, cuja intensidade
ultrapasse os limites de uma atividade festiva individual, abrangendo a
coletividade em festas realizadas em diversos países com manifestações
diferentes. Optamos apenas falar da Europa, uma vez que a sua proximidade
geográfica poderia despertar um maior interesse nas pessoas. A escolha do tema
também se prende com o propósito de exaltar um pouco da cultura de cada país,
sendo um tópico de interesse comum que também contribui para o despertar de
curiosidade geral acerca de país, aumentando a visibilidade e o interesse pelas
festas populares.
O nosso principal propósito foi
tornar os artigos/informações recolhidas o mais breve possível, de modo a incluirmos
apenas as informações-chave, não maçando o leitor com informação secundária, de
modo a que não perca o interesse pelo tema. Investimos na informação
selecionada de modo a representar de forma apelativa as festividades que
pretendemos expor, tendo em mente a ideia de Alberto Cairo, presente em The
Functional Art, pag. 10, “In information graphics, what you show can be as
important as what you hide.”
Depois de a pesquisa ter sido feita partimos para a criação, cujos processos foram explicados anteriormente
e, importa acrescentar que, para a elaboração da divisão rectangular entre
países, fomos de encontro à sugestão de
Curtis Newbold, no artigo Iconography, presente em The Visual Communication Guy: Designing, Writing, and Communication Tips
for the Soul : “Use
lines, arrows, and other pathway-creating visual tools to guide a viewer’s eyes
and mind in specific, important, and intentional directions”. Relativamente à cor, optamos por
utilizar tons pastel para não contrastarem muito uns com os outros, e também
para não saturar o observador. No que toca ao ajuste da cor,
tinhamos como objetivo criar uma associação entre o país em si e a área de
informação referente ao mesmo. Esta forma de associação é de máxima importância
no design gráfico, citando João Alexandre, em A importância da cor no design
gráfico, em Teoria Geral 2012, www.logoslogotipos.com.pt./importanciacordesigngráifco.pt: “A cor é dependente e nunca funciona isoladamente, o observador reage
à cor dentro de um contexto e em associações com outras cores e elementos
gráficos.”
Posteriormente tivemos a ideia de representar cada festa popular com um
elemento gráfico elucidativo das mesmas. De acordo com Abraham Moles, em DESIGN
JOURNAL NO. 99 | SUMMER 2006 | WWW.SND.ORG,
pag.30, as imagens numa tipografia devem ser o mais próximo possível de ícones,
uma vez que representam melhor a realidade, citando o artigo: “Abraham Moles
defined iconicity as the level of resemblance between a sign (a visual
representation, in our business) and the object represented. The less
iconicity, the more abstract a picture is. The more iconic is the picture, the
more similar it is to the object represented.3”, foi esta ideia que pretendemos
seguir ao procurar um símbolo para cada celebração popular.
No que toca à relação dos símbolos com a respetiva celebração popular,
para o São João em Portugal, escolhemos um martelo de são joão, visto ser um
objeto muito utilizado pelas pessoas durante este dia. Em Inglaterra, para o
Trooping the Colour, optamos pela imagem de uma coroa, uma vez que esta
celebração se relaciona com o aniversário oficial da rainha. Para a Fête du
citron, em França, escolhemos um limão, uma vez que este citrino é a figura
central de toda a celebração, pelos mesmos motivos para a La Tomatina, em
Espanha, escolhemos o tomate. Em Irlanda, para o St. Patrick’s Day,
selecionamos um trevo, uma vez que é um elemento muito utilizado nos desfiles
de rua relacionados com esta festa popular. Para o Oktober Fest, sendo este um
festival da cerveja na Alemanha, utilizamos precisamente um caneco de cerveja. Na
Polónia, para o Ognisko, uma celebração no inverno que decorre à volta de
fogueiras, optamos pela ilustração de uma fogueira. Para o Vappu, na Finlândia,
escolhemos um chapéu de finalista, uma vez que esta festa popular gira à volta
da chegada da primavera e de tradições estudantis, nas quais as pessoas saem à
rua usando esses mesmos chapéus. Finalizando com o carnaval de Veneza, em
Itália, utilizamos as máscaras icónicas deste carnaval.
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